Os Guerrilheiros do Contestado

André Crevi
12 min readDec 3, 2018

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Resenha sobre a Guerra do Contestado no livro de Renato Mocellin

Me considero pacifista, mas confesso o interesse em certos conflitos, entre eles a Segunda Guerra Mundial e outro bem menor que aconteceu na região entre os estados do Paraná e de Santa Catarina, conhecida como a Guerra do Contestado.

Não me recordo de na escola terem abordado a questão; assim como é feito com a Guerra de Canudos. É interessante notar que os conflitos possuem certas similaridades juntamente entre os seus ‘messias’ o Monge João Maria no Contestado e Antônio Conselheiro em Canudos. Então para me aprofundar mais sobre o assunto fiz a leitura e a resenha do importante livro; Os Guerrilheiros do Contestado de Renato Mocellin, que é uma breve e sucinta pesquisa de vários materiais já publicados sobre o conflito e escrito de forma concisa e bem clara.

A Guerra do Contestado foi uma violenta guerrilha camponesa. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido no conflito ocorrido entre 1912 e 1916 nas fronteiras entre os Estados do Paraná e de Santa Catarina.

A QUESTÃO SOBRE OS LIMITES GEOGRÁFICOS DA REGIÃO

Em 1853, o Paraná desmembrou-se da província de São Paulo, procurando, em seguida, firmar posse sobre as terras a oeste da vizinha província de Santa Catarina. A partir de 1881, a Argentina também passou a reclamar a posse da região. Esse conflito foi denominado de Questão das Missões e se arrastou até 1895, quando o presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland, arbitrou favoravelmente ao Brasil. O território em disputa, conhecido como Contestado, compreendia uma área de 48.000 km², riquíssima em ervais nativos, pinheiros e imbuias. Para garantir a posse da área contestada, os estados do Paraná e de Santa Catarina tomaram várias medidas, como fundar vilas e conceder terras aos colonos e às companhias estrangeiras, sempre em detrimento do caboclo da região. Por três vezes o Supremo Tribunal Federal deu ganho de causa aos catarinenses, porém a sentença não era aplicada em razão dos embargos impetrados pelos paranaenses. Finalmente, em 1916, no governo de Wenceslau Braz, a questão foi solucionada. Ao Paraná coube 20.000 km², e a Santa Catarina, 28.000 km² das terras.

Mas a questão geográfica não foi a única motivação para o início do conflito, para Nilson Thomé, um estudioso do assunto, a Guerra do Contestado teve várias causas, destacando-se: a índole guerreira cabocla dos habitantes da região, a estrada de ferro construída pela Railway Company e as desapropriações de terras lideradas pelo governo junto ao polêmico e arrojado capitalista estadunidense Percival Farquhar na região do Contestado, além de construir a Trilha de Trem São Paulo-Rio Grande, Farquhar montou a Southern Brazil Lumber & Colonization Co. Inc., em Três Barras/Santa Catarina, com um capital inicial de 100 mil dólares logo ampliado para 12 milhões de dólares. É o maior empreendimento econômico no Sul. A cidade recebeu gente do mundo inteiro. A Madeireira Lumber, depois colonizadora, promoveu uma devastação ecológica inédita até então. Dois anos depois de sua inauguração em 1910, dispunha de uma reserva de mais de 2 milhões de pinheiros (araucária angustifólia), sem contar imbuias, cedros e outras madeiras nobres. Somando a agressão da Madeireira Lumber ao meio ambiente, a disputa pelo domínio do território e a figura lendária de João Maria o estopim do conflito foi aceso.

Mas a guerra sertaneja na região do Contestado não foi um conflito armado entre paranaenses e catarinenses nem uma revolta de “fanáticos” e “bandidos”, como muitos protagonistas — a maioria militares –, jornais da época e um grande número de historiadores quiseram nos fazer crer. Foi, na verdade, uma reação popular contra uma ordem social injusta. O caboclo, abandonado no meio do mato, analfabeto e místico, atravessava uma fase difícil, pois era explorado de forma sórdida e desumana pelos coronéis da região, sem proteção das autoridades de qualquer esfera de poder. O governo federal, bem como os governos do Paraná e de Santa Catarina, não estavam preocupados com a sorte dos sertanejos. Prova disso é que uma extensa área de terras devolutas foi concedida ao grupo de Percival Farquhar, responsável pela construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, que cortava a área contestada. Com o beneplácito do governo e o apoio dos coronéis, as companhias estrangeiras passaram a expulsar os caboclos pobres das terras em que viviam havia muitos anos, das quais, porém, não tinham o título de propriedade.’

O MESSIANISMO DO MONGE JOÃO MARIA

‘Nas terras sulinas, em meados do século XIX, era comum a figura dos monges , indivíduos ascéticos e místicos, que faziam as vezes de médicos, padres e conselheiros naquelas regiões ermas. Houve vários deles, porém foi José Maria de Santo Agostinho, na verdade Miguel Lucena Boaventura, um ex-soldado paranaense, que, num momento de crise profunda nas estruturas econômicas e sociais da região, atuou como agente catalisador do descontentamento popular. O pesquisador de ciências sociais, Maurício Vinhas de Queiroz em seu livro Messianismo e conflito social: a guerra sertaneja do Contestado (1912–1916). fala um pouco sobre a personalidade de João Maria:

Mesmo não sendo um puritano, respeitava os valores familiares. O monge não era um curandeiro vulgar. Sabia ler e escrever e, havia muito, possuía uns cadernos nos quais anotava as propriedades medicinais — comprovadas pela prática e pela experiência popular — de numerosas plantas da flora de Serra-Acima. Ao mudar-se para o rancho do capataz, instituiu a “Farmácia do Povo”. Todos que tinham recursos pagariam, no mínimo, dois mil-réis pela consulta. Utilizar-se-iam dos fundos assim conseguidos para socorrer os mais necessitados. Esperando serem atendidos, os enfermos faziam filas no consultório improvisado; ele os atendia até bem tarde da noite. Ao entrar um paciente, José Maria, depois de ouvi-lo e examiná-lo, consultava os seus cadernos. Um dos secretários que o auxiliava copiava então a receita, que era entregue ao doente por escrito […]. Circulavam na área rezas manuscritas a cuja materialidade se atribuía uma força sobrenatural, e, cozidas em patuás, serviam para ‘fechar o corpo’ e outros fins igualmente benéficos.”

O COMEÇO DOS CONFLITOS ARMADOS DO CONTESTADO

O Monge João Maria morreu em um conflito com as tropas paranaenses que chegaram a União da Vitória em 14 de outubro de 1912 e no dia 15, partiram para os campos do Irani sob o comando do coronel João Gualberto, pernambucano de nascimento, homem célebre por sua bravura. O Coronel Gualberto ficou contente com a missão recebida, acreditando que contribuiria para aumentar a sua popularidade, pois tinha pretensões políticas, o presidente Carlos Cavalcanti queria que ele se tornasse prefeito de Curitiba.

No primeiro conflito do Contestado, ocorreu uma luta tremenda. Baleado, o monge José Maria caiu morto. Percebendo a gravidade da situação, o Coronel João Gualberto tentou fugir, mas estava a pé, pois outro fugira com seu cavalo. Cercado por uma multidão enfurecida, o coronel foi picado a golpe de facão. Das tropas paranaenses morreram 11 soldados, e 13 ficaram feridos. Já os sertanejos teriam perdido, além do monge, mais seis combatentes. Provavelmente o número de sertanejos mortos foi maior.

Após a morte do monge João Maria, os sertanejos passaram a acreditar que ele ressuscitaria, à frente do poderoso Exército Encantado de São Sebastião, mártir cristão (256–286) e santo guerreiro protetor contra a fome e a peste, padroeiro do sertão.

Por outro lado, as empresas estrangeiras ainda continuavam expulsando os sertanejos de suas terras. Esse quadro de opressão política e penúria coletiva contribuiu decisivamente para que os sertanejos se organizassem e reagissem à ordem vigente construindo a Irmandade Cabocla e novas lideranças apareceram. Francisco Paes de Farias (Chico Ventura), Manoel Alves de Assumpção e Euzébio Ferreira dos Santos, antigos adeptos de José Maria, cuidavam da organização da irmandade cabocla. Em agosto de 1913, uma neta de Euzébio Ferreira dos Santos, a “virgem Teodora” (de 11 anos), passou a ter visões, nas quais o monge aparecia. Imediatamente, a notícia se espalhou pelo sertão, aumentando as romarias e a crença em supostos milagres. Entretanto, esse fato logo perdeu a credibilidade. Em entrevista concedida a Maurício Vinhas de Queiroz, Teodora confessou: “Eu não via nada, eram os velhos que se juntavam e diziam as ordens”.

O filho de Euzébio, Manoel, um jovem de 18 anos, suplantou Teodora e tornou-se o líder carismático daquela gente. Depois de ter se “encontrado” com o monge no meio do mato, Manoel afirmou que ele ordenara aos fiéis que se reunissem em Taquaruçu, o que, de fato, ocorreu, a partir de 12 de dezembro de 1913. Nos tempos em que Manoel, o “enviado de Deus”, era o líder, ocorriam procissões exageradas, rezas diárias, alucinações coletivas. Os fiéis beijavam suas mãos e seus pés. Qualquer sinal de objeção aos princípios de fé era punido com severidade. Os homens passaram a usar uma fita branca no chapéu, rasparam a barba e cortaram o cabelo à escovinha; por isso os adversários começaram a chamá-los de pelados. Eles, por sua vez, chamaram peludos aos que não acreditavam na santidade do monge.

O governo catarinense organizou um ataque a Taquaruçu, mas apenas no segundo ataque no dia 8 de fevereiro de 1914, ocorreu o conflito armado. Os canhões lançaram sobre o reduto 175 tiros, as metralhadoras funcionavam a todo vapor. No reduto, casebres iam pelos ares, incêndios se propagavam, matando mulheres e crianças. Os sertanejos tentaram reagir, mas, com as armas de que dispunham, a reação foi infrutífera. Ao anoitecer, os sertanejos começaram a abandonar a “cidade santa”. No dia seguinte, as tropas entraram no reduto. Para retardar o assalto final e dar tempo para a fuga, inteligentemente, os sertanejos colocaram cadáveres na frente das trincheiras, dando a impressão de que eram atiradores.

Antes do massacre de Taquaruçu, por causa de divergências internas, um grande número de pessoas já havia se deslocado para Caraguatá, aumentando a quantidade de integrantes desse reduto. Muitos dos sobreviventes de Taquaruçu também se deslocaram para lá. Os antigos líderes da revolta, Euzébio e Joaquim, perderam o prestígio, porque quem mandava lá em Caraguatá era a “virgem Maria Rosa”, de 15 anos, filha do lavrador Elias de Souza.

Se juntou aos rebeldes Venuto Bahiano (Benevenuto Alves de Lima), um antigo marinheiro que participou da Revolta da Armada que ocorreu no Rio de Janeiro em 1893, entrando à frente de cem homens armados, em Caraguatá, e passou a desempenhar importantes funções militares no reduto.

As forças repressoras se preparavam para destruir o reduto de Caraguatá, o comando das operações coube ao tenente-coronel José Capitulino Freire Gameiro que encontrou toda sorte de dificuldades. Primeiro, o sertanejo encarregado de guiá-los até Caraguatá conduziu-os para uma região oposta. Depois, o novo guia, propositalmente, conduziu as tropas até as posições defendidas de Caraguatá. Como se observou, os sertanejos da região apoiavam os rebeldes. Profundos conhecedores da região, os sertanejos não combatiam diretamente. Escondidos no meio da mata, fustigavam as tropas com ataques-relâmpago. As emboscadas se sucediam, levando as forças do governo ao desespero.

Após uma epidemia de tifo e a posição vulnerável do reduto de Caraguatá; os sertanejos rebeldes foram ao Vale do Timbozinho, onde fundaram o reduto de São Sebastião, que chegou a ter 2 mil moradores. Numa investida espetacular, os sertanejos ocuparam Vila Nova de Timbó e expulsaram as autoridades paranaenses. Em Curitiba, políticos protestaram de forma veemente, chegando a acusar o governo de Santa Catarina de conluio com os rebeldes. Acumulando vitórias e colocando em pânico seus adversários, os sertanejos obtiveram importantes adesões ao movimento.

Para dar um basta às investidas ousadas dos sertanejos e quebrar o ímpeto guerreiro dos rebeldes, assumiu o comando das forças repressoras, em abril de 1914, um veterano da Guerra de Canudos, o general Carlos Frederico de Mesquita. Lutando contra os sertanejos em diversos combates, sem que houvesse um decisivo, o general Mesquita resolveu dar por encerrada sua missão. Antes, fez uma série de acusações. Alegou que dos 70 contos enviados pelo governo federal, apenas 40 entraram nos cofres expedicionários, pois o restante o “Sr. General, inspetor da XI região militar, declarou necessitar dele para outros destinos de importância”. Com a partida do general Mesquita, coube ao capitão João Teixeira de Matos Costa o comando do destacamento. Disfarçado de mascate, Matos Costa fez contato com os sertanejos e pôde ouvir suas reclamações. Percorreu o Vale do Timbó até o Rio Tamanduá, onde estava localizado o reduto de Bom Sossego. Na volta, declarou a um jornal:

“A revolta do Contestado é apenas uma insurreição de sertanejos espoliados nas suas terras, nos seus direitos e na sua segurança. A questão do Contestado se desfaz com um pouco de instrução e o suficiente de justiça, como um duplo produto que ela é da violência que revolta e da ignorância que não sabe outro meio de defender o seu direito”.

Em setembro de 1914, seguindo o trem, o capitão Matos Costa e uma pequena tropa inspecionavam a área contestada, onde foram pegos de surpresa por sertanejos, depois de um renhido combate corpo a corpo, os soldados retiraram-se em pânico. Mortalmente ferido, Matos Costa tentou reorganizar, em vão, suas tropas. Graças a um vaqueano, o corpo do capitão Matos Costa foi encontrado no dia 13, perto de São João, e enterrado em Curitiba, no dia 15.

Os rebeldes continuavam obtendo novas vitórias e numerosas adesões. Cada vez mais animados e radicais, os rebeldes efetuaram diversos ataques a fazendas e vilas. Não há como negar que os rebeldes praticaram atos de banditismo. Fazendeiros eram levados para os redutos e, depois de torturados, eram obrigados a trabalhar em pequenos serviços. Por outro lado, havia entre os rebeldes um enorme respeito aos valores familiares. Aquele que desrespeitasse uma mulher podia ser fuzilado. A bigamia e o adultério não eram tolerados. Na fase final do movimento, a vida era austera, rezava-se muito e proibia-se quaisquer cantorias, algazarras ou bebedeiras. Mesmo após as importantes vitórias, divergências entre os rebeldes tornaram-se mais agudas, ocorrendo até execuções entre seus próprios líderes.

FECHANDO O CERCO

O renomado General Fernando Setembrino de Carvalho assumiu o comando da 2ª Circunscrição Militar, criada pelo Aviso do Ministro da Guerra Nr 652, de 28 de abril de 1915, para pacificar os estados do Paraná e de Santa Catarina. O General percebeu que era necessário o ataque simultâneo de todas as colunas estacionadas na região contestada. Simultaneamente, o capitão Tertuliano Potiguara, com 500 homens escolhidos a dedo entre soldados e vaqueanos, partia em direção a Caçador e Santa Maria, no comando da coluna norte. Ao enfrentar os sertanejos em diversas escaramuças, Potiguara adotou a tática de terra arrasada, destruindo tudo o que encontrava. Apesar de os soldados estarem exaustos, o ousado e enérgico capitão insistia em avançar. Se por um lado as tropas enfrentavam dificuldades, a situação dos sertanejos era alarmante. A falta de comida levava-os ao desespero. Comiam-se gatos, cachorros, cavalos, sapos, ratos e quatis. Conta-se que dois homens chegaram a duelar a facão porque um havia comido o cinto do outro. Uma pitada de sal era disputada com ardor. Desesperados, muitos lambiam o próprio suor. Apesar de todas as dificuldades, os sertanejos resistiam com assombrosa tenacidade, levando o capitão Potiguara a clamar por ajuda ao General Fernando Setembrino de Carvalho :

“Estou aqui neste inferno, depois de dez dias de marchas horrorosas, sendo oito de combate dia e noite, peço-te que avances com a máxima urgência a fim de me auxiliar no resto de nossa espinhosa missão. Tenho grande número de feridos e já tenho enterrado oficiais e praças. Espero-te com urgência a fim de não perder mais gente, pois estou com a tropa em preparativos de ataque… Espero-te hoje sem falta!

O apoio da coluna sul fez com que a resistência sertaneja fosse quebrada. Cercados, sem munição, esfomeados, os rebeldes foram vencidos. Centenas de sertanejos jaziam nas redondezas do reduto, as chamas consumiam os 5 mil casebres, e o reduto de Santa Maria deixou de existir. Os rebeldes foram completamente derrotados até dezembro de 1915, quando o General Fernando Setembrino de Carvalho regressou ao Rio. Mas nem todos os sertanejos foram presos ou mortos, muitos conseguiram fugir fundando novos redutos mas que também logo caíram.

CONCLUSÕES FINAIS

As forças repressoras, na fase inicial do conflito, não estavam preparadas para combater os rebeldes, daí os sucessivos fracassos. Somente depois da interferência do governo federal é que a situação mudou. A Guerra Sertaneja na região do Contestado foi uma insurreição camponesa gerada pelas injustiças sociais da época. Explorados pelos estrangeiros, esquecidos pelas autoridades, os sertanejos, a seu modo, rebelaram-se contra a ordem econômica, social e política que os sufocava. É claro que, dentro das limitações históricas em que viviam (isolamento, analfabetismo, estrutura coronelística), a ideologia do movimento tinha um cunho místico. Os rebeldes não tinham um partido revolucionário nem objetivos políticos definidos, daí os obstáculos intransponíveis que enfrentavam. Os sertanejos romperam com o catolicismo ortodoxo porque a Igreja Romana apoiava as classes dominantes.

Os rebeldes rejeitavam a ordem capitalista que estava sendo implantada na região, por isso procuraram elaborar uma visão de mundo diferente daquela da classe dominante. Apesar de nunca terem ouvido falar no termo socialismo, os sertanejos colocavam a ideologia em prática através das distribuições de alimentos e riquezas produzidos entre eles. O que lhes faltava era determinação política, objetividade, enfim, uma teoria revolucionária que, historicamente, não era possível que tivessem. Podemos dizer que os sertanejos não podiam vencer porque tinham a História contra eles.

De qualquer maneira, entendemos que esse conflito deixa-nos uma grande lição: o brasileiro, quando luta por uma causa justa, é um guerreiro extraordinário. Eles ousaram sonhar com um mundo melhor. Foram vencidos, mas não esquecidos.

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