André Crevi
2 min readMar 30, 2018

Terminei de ler esse livro: A mais breve história da Europa, Uma visão original e fascinante das forças que moldaram nosso mundo de John Hirst e achei interessante fazer um resumo desses pontos:

O continente europeu teve em suas raízes as seguintes e improváveis misturas:

  1. Ensinamentos Greco-Romanos: O mundo é simples, lógico e matemático.
  2. O Cristianismo: O mundo é perverso, só Cristo salva.
  3. Guerreiros Germânicos: Guerrear é divertido.

Então; o império romano torna-se cristão, a igreja cristã torna-se romana que preserva os ensinamentos greco-romanos. Ah, e os guerreiros germânicos tornam-se cristãos.

É uma mistura estranha, não é? Esses elementos não são aliados naturais, a combinação é instável e acaba se rompendo mesmo tendo durado quase mil anos.

Guerras, barbáries e invasões.

Aí chegam as rupturas: Renascença, Luteranismo, Protestantismo, Parlamentarismo, Expansão marítima e agrícola, Isaac Newton, Iluminismo, Revoluções Francesa e Industrial e o Marxismo.

Então começam os movimentos dissonantes uns dos outros; o Nacionalismo e Fascismo junto ao comunismo e socialismo entre os povos europeus.

Já Alemanha é um caso à parte em exemplos bem e mal sucedidos sobre teorias, união nacional e força de um povo em prol de uma meta. Primeiro ao tentar reunir os povos diferenciados mas com alguma coisa em comum em torno de uma nação integrada, e como sempre na história européia através da truculência e ditadores. Logo após conseguir a união, perder a primeira guerra e ser penalizada duramente, surge a esperança de reunir uma nação desintegrada, quebrada através de um novo líder, o Führer que em alemão, significa “condutor”, “guia”, ou “chefe” aliado ao receio da expansão comunista na União Soviética, novas frentes de guerras são abertas, a tecnologia militar aumenta, o que de fato auxiliou em muito as tecnologias hoje existentes. O resto todos sabem, milhões de vidas dizimadas, crise e novamente superação. Hoje a Alemanha se mostra uma das nações mais progressistas e avançadas do mundo apesar dos erros cometidos.

Assim, o legado europeu que se reconhece e menciona não é o cristianismo e sim a religião de modo em geral que se junta ao humanismo da renascença e a influência do iluminismo, comprometida com os valores universais que são direitos inalienáveis da pessoa humana e por isso deve seguir o caminho do progresso e da prosperidade. O Nacionalismo será transcendido. Por mais orgulhosos que sejam da identidade nacional, os povos da Europa estão determinados a transcender suas divisões e mesmo que de maneira frágil e estreita forjarem um destino em comum.

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